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16 abril 2020

Rio Grande do Norte lidera taxa de mortes de policiais no país

PM foi morto a tiros no bairro Bom Pastor, em Natal, em abril de 2009 — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
Com 1,3 morte a cada mil policiais, o Rio Grande do Norte lidera, junto com Tocantins, a taxa de mortalidade entre policiais militares e civis no país, de acordo com dados de 2019 levantados pelo Monitor da Violência, do G1. Isso ocorreu mesmo com a redução, em mais da metade, dos crimes fatais contra os agentes de segurança do estado em relação ao ano anterior - passando de 25 para 12 - queda de 52%.

Por outro lado, o estado também registrou aumento do número de pessoas mortas em confronto com a polícia, de 134 em 2018 para 165 no ano passado. Um avanço de 23%. Nesse caso, a taxa de letalidade por 100 mil habitantes é de 4,7 - a sexta maior do país - atrás do Amapá (15,1), Rio de Janeiro (10,5), Sergipe (7,2), Pará (7) e Bahia (4,8).

Os dados potiguares refletem parcialmente o que aconteceu em todo o Brasil ao longo do ano passado: diminuição em mais da metade da morte de policiais (-51% no pais) e aumento do número de pessoas mortas pela polícia. A diferença é que o crescimento nacional, nesta última comparação, foi de apenas 1,5%, enquanto o estado passou de 20%.

Em todo o Brasil, 5.804 pessoas foram mortas por policiais no ano passado. No mesmo período, 159 policiais foram assassinados. O levantamento feito pelo G1 tem como base os dados oficiais de 25 estados e do Distrito Federal, através de pedidos para as assessorias das secretarias de segurança pública dos estados e via Lei de Acesso à Informação. Apenas Goiás se recusa a passar os números.

Policiais mortos fora de serviço
Todos os 12 policiais assassinados no Rio Grande do Norte, ao longo do ano passado, estavam fora de serviço - ou seja - de folga, sem farda. No país, cerca de 70% dos agentes de segurança foram mortos também nessas condições.

É o caso do sargento da PM Gilmar Ferreira Barbosa, de 52 anos, cujo assassinato completou um ano no último dia 9 de abril. Ele saia da casa dos pais, idosos, no bairro Bom Pastor, em Natal, quando foi abordado por criminosos e foi morto a tiros dentro do imóvel. Gilmar era lotado no 1º Batalhão da Polícia Militar.

Outro caso é o do sargento Adailton Cristiano Silva, de 43 anos, morto a tiros durante um assalto na região de Vera Cruz, município da Grande Natal. O crime aconteceu em setembro de 2019. De acordo com a PM, ele voltava do dia de trabalho no 11º BPM. O sargento foi executado assim que os criminosos perceberam que ele era policial.

 
*VNT

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