O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparecer aos debates de primeiro turno das eleições deste ano, o chefe do Executivo federal “vai junto com ele”.
Durante conversa com a imprensa em Foz do Iguaçu (PR), na sexta-feira (3/6), o mandatário da República comunicou que sua participação nos debates do primeiro turno é uma “questão de estratégia” e ainda está sendo “analisada”.
“Vou ver, isso é questão de estratégia. Mas é questão de estratégia do momento. Eu não quero assumir um compromisso agora e depois não cumprir na frente. Nunca um presidente, pelo o que eu tenha conhecimento, participou do 1º turno de debate. Talvez eu compareça. Vamos esperar. Eu fecho agora, se o Lula for, eu vou junto com ele”, afirmou Bolsonaro.
O presidente ainda disse que não entende como Lula tem 40% das intenções de voto. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, o ex-presidente tem 48% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 27%.
“Eu não consigo entender o outro lado ter 40% das intenções de votos. O cara não consegue ir à rua para nada, nem para entrar num butiquim”, reclamou Bolsonaro.
O levantamento foi feito com 2.556 entrevistados acima de 16 anos, em 181 municípios de todos os estados brasileiros. A pesquisa foi realizada entre quarta (25/5) e quinta-feira (26/5).
2º turno
No início desta semana, Bolsonaro disse que só pretende participar de debates com os candidatos ao Palácio do Planalto em um eventual segundo turno das eleições. Durante entrevista, o presidente sugeriu perguntas “combinadas” para evitar “pancadas”.
“Havendo o debate, eu vou participar. O segundo turno eu vou participar. Se eu for para o segundo turno – devo ir, né? -, eu vou participar. No primeiro turno, a gente pensa. Porque se eu for, os 10 candidatos vão querer o tempo todo dar pancada em mim. E eu não vou ter tempo de responder para eles”, salientou o presidente em entrevista ao Programa do Ratinho, da Rede Massa.
“Aí vai fazer pergunta para outro, vão dar pancada em mim e depois pergunta para outro. Então nós vamos analisar isso daí, porque eu acho que debate teria que ser para ter perguntas pré-acertadas com os encarregados de fazer os debates, para não baixar o nível”, concluiu.
Em 2018, quando disputou a cadeira presidencial, Bolsonaro foi duramente criticado por se ausentar de alguns debates com candidatos ao pleito. Durante o período eleitoral, o então candidato foi esfaqueado durante campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Em janeiro deste ano, o chefe do Executivo federal afirmou que compareceria a todos os debates. Na ocasião, ele também ressaltou que a presença nas discussões só seria efetiva se os familiares não fossem citados pelos oponentes.
*Fonte: Metrópoles
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