Há 230,4 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 66,7 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).
O RS tem 417 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,4 milhão de pessoas afetadas.
As cidades do Sul do RS já registram transtornos devido às chuvas. Em Pelotas, na Praia do Laranjal, moradores estão em alerta para deixarem as áreas de risco. Segundo a prefeitura do município, 400 pessoas estão em abrigos. As aulas em escolas municipais foram suspensas até a próxima sexta-feira (10).
Em Rio Grande, na Lagoa dos Patos, mais de 200 pessoas estão fora de casa. Ao todo, são 223 desalojados e 49 em abrigos. Jaguarão e São Lourenço do Sul também já sofrem os impactos das chuvas.
Porto Alegre voltou a registrar chuva e vento na tarde desta quarta-feira (8). A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta de chuva forte e vento acima dos 90 km/h para grande parte do estado. Além disso, há possibilidade de descargas elétricas e queda de granizo.
Em Canoas, 11 bairros foram evacuados por determinação da prefeitura da cidade por causa das enchentes. Mais de 50 mil pessoas vivem em áreas de risco no município e 15 mil foram levadas para um dos 55 abrigos abertos no município. Um cavalo ficou ilhado em cima do telhado de uma casa.
Estradas
As polícias rodoviárias Federal e do RS somam 142 trechos de estradas bloqueados, parcial ou totalmente. São 53 pontos em rodovias federais e 89 pontos em rodovias estaduais.
Porto Alegre está sem conexões com o interior do estado pelas rodovias BR-290 (Sul, Centro e Fronteira Oeste do RS), BR-116 (Vale do Sinos e Serra), BR-448 (Vale do Sinos) e BR-386 (Região dos Vales e Norte). Os únicos acessos possíveis são pela rodovias ERS-040 e ERS-118.
O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) divulgou um mapa com cada trecho bloqueado.
A CCR ViaSul suspendeu a cobrança da tarifa em todas as praças de pedágio nas rodovias BR-101 (Três Cachoeiras), BR-290/Freeway (Santo Antônio da Patrulha e Gravataí) e BR-386 (Montenegro, Paverama, Fontoura Xavier e Victor Graeff). Ainda assim, é necessário parar para registrar a isenção.
🔦 Energia
O estado registra, pelo menos, 454,9 mil pontos sem luz. Na área de concessão da CEEE Equatorial, são 221,3 mil imóveis sem energia (12,3% do total de clientes). Já na região atendida pela RGE Sul, são 233,6 mil imóveis afetados (7,6% do total de clientes).
🚱 Água
A Corsan, que fornece água para 6,5 milhões de pessoas em 317 municípios, soma 606,7 mil imóveis sem abastecimento (21% do total de pontos).
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) afirma que duas das seis estações de tratamento de água estão fora de operação. O órgão não informou estimativas de quantas pessoas são afetadas.
📶 Telefonia e internet
A operadora Tim afirma que há 16 municípios sem serviços de telefonia e internet. A cobertura da Vivo está prejudicada em 35 cidades. Na Claro, são 6 municípios sem sinal.
As operadoras liberaram pacotes de internet grátis para clientes no Rio Grande do Sul para permitir que a comunicação seja mantida em meio aos temporais que atingem o estado.
Educação
O estado soma 855 escolas afetadas pelos temporais em 228 municípios, afetando 293,5 mil estudantes. Do total de colégios, 421 foram danificados pela chuva e pelas cheias e 68 servem de abrigos
Rede estadual
As aulas na rede estadual já foram retomadas nas seguintes regiões: Uruguaiana, Osório, Erechim, Rio Grande, Palmeira das Missões, Três Passos, São Luiz Gonzaga, São Borja, Ijuí, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Bagé, Santo Ângelo, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Santana do Livramento, Vacaria, Soledade e Carazinho.
Ainda não há previsão de retomada nas regiões: Porto Alegre, São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas e Gravataí.
Alguns municípios da região de Pelotas e de Rio Grande não terão aulas na quarta (8) devido à situação dos dois municípios.
Rede municipal
Em Porto Alegre, as aulas estão suspensas até sexta-feira (10).
Rede privada
O sindicato que representa as escolas particulares recomenda que instituições da Região Metropolitana e de outras localidades afetadas pela chuva suspendam as aulas até sábado (11).
🏛️ Universidades
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) suspenderam todas as atividades acadêmicas presenciais e não presenciais até 18 maio.
A Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e a UniRitter cancelaram as atividades acadêmicas presenciais até sexta-feira (10).
A Unisinos, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a Feevale, a Universidade Federal do Pampa (Unipampa), a Universidade LaSalle e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) decidiram por suspender as atividades acadêmicas até sábado (11).
Aeroporto
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo indeterminado, com todas as operações suspensas. Imagens mostram alagamentos em áreas de espera, de circulação de passageiros e até de pouso de aviões.
Passageiros que já tinham viagens aéreas marcadas com origem ou destino em Porto Alegre podem solicitar compensação às companhias aéreas.
Situação de emergência
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de inundação.
Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
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