Subiu para 66 o número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul em decorrência das tempestades que afetam o estado ao longo dos últimos dias. Outros seis óbitos estão sob investigação –ou seja, está sendo apurado se há relação com os eventos climáticos. O balanço atualizado foi divulgado pela Defesa Civil na manhã deste domingo (5).
No relatório anterior, publicado no início da noite do sábado (4), o número de mortes confirmadas era de 55.
O total de feridos subiu para 155. O estado tem ainda 101 desaparecidas. Cerca de 707,1 mil pessoas foram atingidas de alguma maneira pelas chuvas. Dessas, 80.573 estão desalojadas e 15.192 foram para abrigos.
Em todo o estado, 332 municípios foram atingidos pelos temporais. Isso corresponde a 66,8%¨de todas as cidades gaúchas. A Defesa Civil não forneceu o número atualizado de mortes por cidade.
Durante entrevista coletiva realizada no sábado, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que o estado precisará de um “Plano Marshall” para reconstrução das áreas destruídas.
O plano lembrado por Leite foi responsável pela recuperação econômica das principais potências europeias no período após a Segunda Guerra Mundial. Batizado em homenagem a seu idealizador, George Catlett Marshall, um general do exército americano, o programa disponibilizava dinheiro dos cofres Estados Unidos a países como Itália, França e Inglaterra.
O Rio Grande do Sul ainda está sob alerta de perigo potencial para chuvas intensas. A notificação foi emitida pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na manhã deste domingo e é válida até as 23h59. Há possibilidade de chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, além de ventos intensos (40-60 km/h).
Na capital Porto Alegre e na região metropolitana, a situação é crítica. O nível do Guaíba chegou a 5,33 metros na manhã de hoje. É o maior nível já registrado na história. Para se ter ideia do que isso representa, a cota de alerta é de 2,5 metros, enquanto a cota de inundação é de 3 metros.
Até então, o nível mais alto que já havia sido registrado no Guaíba foi na enchente histórica que atingiu a capital gaúcha em 1941: 4,76 metros.
*Fonte: CNN
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