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26 novembro 2024

Família denuncia negligência de maternidade em caso de mortes de gestante e seu bebê

A morte de uma gestante e de seu bebê, ocorridas no Hospital Maternidade Almeida Castro, em Mossoró, tem gerado revolta e indignação a família da vítima em Assú.

Daniele Beatriz da Silva Fonseca, de 21 anos, faleceu na manhã desta segunda-feira 25 de novembro de 2024, após 14 dias internada naquela unidade. A paciente deu entrada no hospital no dia 11 de novembro, encaminhada por uma equipe médica do município de Assú.

De acordo com Ana Paula Marcelino, cunhada de Daniele, a gestante não recebeu o atendimento adequado. “Daniele foi transferida com urgência para cá, pois ela já estava em trabalho de parto para uma cesariana. Quando chegou aqui, a médica de plantão discordou da decisão da médica de Assú e a colocou em um quarto para tomar medicamento.
Quando tomou o primeiro comprimido, ela vomitou sangue. No dia 12, o bebê já não estava mais vivo”, relatou. Segundo a familiar, mesmo com a constatação da morte do feto, a equipe do hospital relutou em realizar a cirurgia. Somente após a ligação de uma equipe de Assú, a paciente foi encaminhada para o procedimento.

“Ela pediu para fazer uma cesariana, mas não fizeram. A médica receitou comprimidos ‘à força’ para induzir o parto, mas não conseguiu retirar o bebê. Após a ligação de uma equipe de Assú, foi que a cesariana foi realizada.”

Após a cirurgia, ela foi direto para a UTI por precaução. Ela acabou tendo uma hemorragia. Abriram ela novamente e ela já voltou intubada. Daí, o quadro foi se agravando. Surgiu uma infecção, os órgãos começaram a falhar e, na manhã de hoje, recebemos a notícia sobre a sua morte”, lamentou.

Diante da morte de Daniele e do bebê, Ana Paula pede justiça. “Não fomos bem atendidos aqui. Até hoje eu não sei o nome da médica. Não cuidaram dela. Não estavam nem aí. Se tivessem retirado a criança no primeiro momento, ela poderia estar viva”, concluiu.

Em nota, a maternidade afirmou que a assistência aos pacientes é promovida de forma integral, e, no caso de Daniele e Beatriz, que foi a óbito, tratava-se de uma paciente com um diagnóstico de patologia obstétrica grave e rara, a qual evoluiu para óbito devido à falência dos órgãos relacionada à sua patologia.

*Fim da Linha

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