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16 janeiro 2025

Câncer causa 18 mil mortes no Rio Grande do Norte nos últimos cinco anos

Entre 2019 e 2023, o câncer foi responsável por 18.052 mortes no Rio Grande do Norte, número quase duas vezes maior do que as vítimas fatais da covid-19, que somaram 9.327 óbitos no estado no período de 2020 até início de 2025. O levantamento, publicado no “Boletim Epidemiológico do Câncer”, elaborado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesap/RN), revela que o câncer de pulmão liderou as causas de mortes, com 13% dos óbitos (2.264 mortes), seguido por cânceres de mama e próstata (8% cada), estômago (7%) e cólon e reto (6%).

O relatório destaca ainda um aumento de 4% nas mortes por câncer no estado nos últimos cinco anos, com uma predominância de óbitos no público masculino (51%). A faixa etária mais afetada foi a de pessoas com 60 anos ou mais, que representaram 71% dos óbitos registrados.

Entre os homens, os cânceres mais fatais foram o de próstata (16% das mortes), pulmão (13%), estômago (9%) e esôfago (6%). Já entre as mulheres, o câncer de mama teve um aumento de 25% nas mortes entre 2019 e 2023, representando 16% do total de óbitos, seguido por câncer de pulmão (12%), colo de útero (7%) e cólon/reto (6%).

A 6ª Região de Saúde (Pau dos Ferros) apresentou as maiores taxas de mortalidade, com um aumento de 12% em 2023 em relação a 2019, enquanto a 7ª Região (Metropolitana) teve as menores taxas de óbito, mas a maior incidência de casos, provavelmente devido ao melhor acesso aos serviços de saúde na região.

Nos últimos cinco anos, foram registrados 53.480 casos de câncer no estado, com uma predominância de 56% de casos em mulheres (30.196) em comparação aos 44% nos homens (23.284). O relatório aponta também que a incidência de câncer aumentou significativamente, especialmente entre mulheres, que passaram de 325,3 para 430,6 casos por 100 mil habitantes entre 2019 e 2023.

Dentre os tipos mais comuns de câncer, o de mama liderou entre as mulheres, com 8.047 registros, seguido por câncer de colo do útero (8%) e estômago (5%). Nos homens, o câncer de próstata foi o mais comum, com 3.226 casos, seguido pelo câncer de estômago (11%) e pulmão (4%).

A Sesap ressalta a importância de fortalecer as políticas públicas para prevenção e combate ao câncer, destacando a necessidade de programas de conscientização, maior acesso a exames de rastreamento e a melhoria da infraestrutura de saúde nas regiões mais carentes.

Destaques:
  • 13% das mortes por câncer foram causadas por câncer de pulmão.
  • 56% dos casos registrados foram em mulheres.
  • 71% das mortes ocorreram em pessoas com mais de 60 anos.
A Secretaria de Saúde do Estado também reforça a necessidade de ampliar a prevenção, com foco em hábitos saudáveis e diagnóstico precoce, para reduzir o impacto da doença no estado.

*Jair Sampaio

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