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15 janeiro 2025

Guerra em Gaza: Israel e Hamas chegam a acordo para cessar-fogo e libertação de reféns

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam as bases para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15) pela Casa Branca.

É o segundo acordo do gênero firmado entre ambos desde os atentados de 7 de outubro de 2023 e a guerra que se seguiu no território palestino. Entre novembro e dezembro de 2023, 117 reféns tomados nos atentados de 7 de outubro foram libertados. O governo israelense estima que cerca de 98 pessoas ainda estejam em poder dos terroristas.

Segundo fontes israelenses e uma autoridade de um dos países envolvidos nas negociações, ainda faltam confirmar a data de início da trégua e outras questões técnicas que precisam ser definidas. O acordo deve ser anunciado ainda nesta quarta-feira pelo premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, que comanda as negociações.

O acordo também precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense.

Em Israel, o Exército recebeu orientação para começar a planejar a operação em Gaza para acolher os reféns. A Cruz Vermelha também informou ao governo israelense sobre as necessidades para o resgate.

Libertação de reféns
O pacto fechado prevê que dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.

O acordo de três fases — com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU — deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.

Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis— vivos ou mortos — terão sido libertados.

Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Fases seguintes
Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo.

*Fonte: Estadão

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