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16 abril 2020

Demissão de Mandetta provoca panelaços contra Bolsonaro em diferentes pontos do país

Reprodução-RBA
A demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde provocou panelaços nesta quinta-feira (16) em diferentes pontos do país.

Em São Paulo, houve protestos na área central da cidade, nos bairros da Bela Vista, Consolação, Jardins e Santa Cecília. Em Pinheiros (zona oeste), moradores também fizeram panelaços.

Em Laranjeiras, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, também houve manifestações contra a demissão.

Mandetta foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, após um longo processo de embate entre eles diante das ações de combate ao novo coronavírus.

O presidente convidou o oncologista Nelson Teich para assumir o lugar de Mandetta.

Mandetta confirmou sua demissão por meio de sua conta no Twitter.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde.

Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu.

“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, completou.

*Folha de São Paulo/BG

15 abril 2020

Câmara dá 30 dias para Bolsonaro mostrar exames de coronavírus

Jair BolsonaroJair Bolsonaro | Reprodução / Globo News
A Câmara dos Deputados deu 30 dias para que a Presidência da República apresente os resultados dos exames feitos por Jair Bolsonaro, para comprovar se o presidente contraiu ou não coronavírus.
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados aceitou o requerimento feito pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG) e enviou a solicitação para a Secretaria-Geral da Presidência.
Se a Presidência não responder o pedido, vai desobedecer o artigo 50 da Constituição, que prevê crime de responsabilidade para autoridades do executivo que não prestarem informações solicitadas pela Câmara ou Senado.
Em março, o presidente fez dois exames depois de retornar de uma viagem dos Estados Unidos em que mais de 20 integrantes da comitiva presidencial voltaram contaminados com a covid-19. Ele disse que o teste deu negativo, mas se recusou a apresentar o documento.
 

*Bela Megale – O Globo/BG

10 abril 2020

BOLSONARO: "MÉDICO NÃO ABANDONA PACIENTE, MAS PACIENTE TROCA DE MÉDICO"

Imagem: reprodução/Facebook
O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso de remédios a base de cloroquina e hidroxicloroquina para pacientes com covid-19. Em transmissão de vídeo em rede social na noite desta quinta-feira (9), ele utilizou uma frase dita pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, como metáfora para troca de entendimento sobre as instruções do Ministério.

— O médico não abandona o paciente, mas o paciente troca de médico — disse, e explicou:

— Se você visita o médico e a receita dele não dá certo, você tem todo o direito de trocar de médico.

Na segunda-feira (6), quando disse em entrevista coletiva que ficaria no ministério, Mandetta proferiu a seguinte frase:

— Vamos continuar porque, continuando, vamos enfrentar nosso inimigo. Nosso inimigo tem nome e sobrenome: covid-19. Temos uma sociedade para lutar e proteger. Médico não abandona paciente. Eu não vou abandonar — declarou.

O Ministério da Saúde aguarda que o Conselho Nacional de Medicina analise os resultados dos testes com cloroquina contra covid-19 que são feitos em laboratórios brasileiros. O presidente reconheceu que ainda são necessários estudos, mas manifestou sua vontade de que conclusões, mesmo que preliminares, aconselhem o amplo uso da medicação.

— Não podemos esperar. Tem que ir tentando porque quem tá infectado não pode esperar. A grande maioria vai morrer — pediu.

Os medicamentos à base de cloroquina e hidroxicloroquina são estudados em seis dos nove ensaios clínicos que estão em andamento no Brasil para avaliar alternativas contra a covid-19. Nesta quarta, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se mostrou mais uma vez cauteloso quanto ao uso de remédios à base de cloroquina. Mandetta diz que os resultados dos testes serão avaliados pelo Conselho Nacional de Medicina e solicitou um posicionamento do órgão até o próximo dia 20.

“Duas doenças, o vírus e o desemprego”

O presidente da República, mais uma vez, se posicionou contrário às medidas de contenção da mobilidade social. Ele acredita que pessoas com menos de 40 anos poderiam estar trabalhando normalmente.

— Temos duas doenças. Uma é o vírus e a outra é o desemprego, que é terrível também –

Bolsonaro estava acompanhado na trasmissão pela intérprete de libras e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Bolsonaro exibiu a caixa de cloroquina que tinha na mesa ao lado de um pote com rótulo de álcool em gel. O presidente tossiu três vezes nos 21 minutos de fala e, contrariando as recomendações da OMS, levou a mão à boca em uma delas e não utilizou o produto desinfetante nenhuma vez.

Ele também não comentou o vazamento de um áudio, publicado pela TV CNN Brasil, no qual o ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni e o ex-ministro e deputado federal Osmar Terra sugerem a saída de Mandetta.

— Quem está esperando eu falar de Mandetta, Osmar Terra e Onyx, pode passar para outra live — brincou.


*Informações da ClicRBS/BG.

Mandetta sobre Onyx e Terra: ‘eu só trabalho, deixa eles’

Luiz Henrique Mandetta disse ao Painel da Folha que não comentaria o diálogo entre Onyx Lorenzoni e Osmar Terra revelado pela CNN hoje, em que os dois defendem a demissão do ministro da Saúde.
“Eu só trabalho, trabalho, trabalho”, afirmou Mandetta, alegando não ter visto a notícia sobre a conversa. Informado sobre o conteúdo do diálogo, o ministro da Saúde disse apenas: “Deixa eles”.

*O Antagonista