Pesquisar este blog

02 fevereiro 2021

BRASÍLIA: ARTHUR LIRA, APOIADO POR BOLSONARO, É ELEITO PRESIDENTE DA CÂMARAAo

Resultado é uma vitória do governo e do próprio presidente, que se esforçou pessoalmente para cacifar o parlamentar alagoano
BRASÍLIA — Aliado de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL) foi eleito na noite desta segunda-feira presidente da Câmara dos Deputados. Em primeiro turno, o deputado do PP obteve 302 votos, contra 145 do seu principal adversário, Baleia Rossi (MDB-SP). O resultado é uma vitória do governo e do próprio Bolsonaro, que se esforçou pessoalmente para cacifar o parlamentar alagoano.

Durante a campanha, o Palácio do Planalto atuou de forma ostensiva, oferecendo cargos e verba às bases eleitorais de parlamentares. A disputa também impôs a Rodrigo Maia (DEM-RJ), aliado de Rossi, uma derrota contundente.

Entenda: Como a nova cúpula do Congresso vai influenciar governo e política

Ainda disputaram a eleição Fábio Ramalho (MDB-MG), com 21 votos, Luiza Erundina (PSOL-SP), 16 votos, Marcel van Hattem (Novo-RS), 13 votos, Kim Kataguiri (DEM-SP), 2 votos, General Peternelli (PSL-SP), 1 voto e André Janones (Avante-MG), 3 votos.

Líder do PP, Arthur Lira se aproximou do governo Bolsonaro no primeiro semestre do ano passado. Foi visto pelo Palácio do Planalto como a garantia de que não seria aberto um processo de impeachment contra o governo. Negociou a participação no governo de seu partido e de aliados, principalmente do PL, PSD e Republicanos.

Negociação: PL e PT ficam com principais cargos na Mesa Diretora da Câmara

Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) em duas ações em que é acusado de corrupção, Lira não poderá integrar a linha sucessória da Presidência no caso de ausência ou impedimento de Jair Bolsonaro. Ele também é réu por peculato e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) e já foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa na Corte alagoana. Ele recorre.

No primeiro ano do mandato de Bolsonaro, Lira foi forte opositor a parte da agenda do governo. Foi um dos principais articuladores da Lei de Abuso de Autoridade e das alterações no pacote anticrime sugerido pelo então ministro da Justiça Sergio Moro.

A disputa
Baleia Rossi perdeu votos na última semana à medida em que o partido de Maia, o DEM, rompeu com o seu bloco. A sigla optou por permanecer neutra na disputa, uma derrota simbólica que acabou prejudicando a viabilidade da candidatura, segundo parlamentares ouvidos pelo GLOBO. ACM Neto, presidente do DEM, chegou a se indispor com Maia, mas evitou que o partido aderisse ao bloco de Lira.

*G1/JBelmont

Nenhum comentário:

Postar um comentário