Ricardo Gonçalves Rosa tinha 40 anos de idade. O corpo dele foi levado ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) para passar por perícia antes de ser liberado para a família, que é de Caraguatatuba, em São Paulo.
A suspeita da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim é de que a esposa tenha o envenenado duas vezes - uma durante uma almoço, o que causou a internação e outa dentro do leito de hospital, através da sonda de alimentação (entenda melhor mais abaixo).
A esposa de Ricardo tem 39 anos e eles tinham 17 de relacionamento. Segundo o advogado de defesa dela, ela nega as acusações.
"Em todo momento a acusada nega a participação, até porque existem dois laudos que foram juntados pelo Itep, que foi o exame de sangue e urina, que não constataram absolutamente nada no corpo da vítima", disse o advogado Edson Siqueira.
"Já existia uma diligência requerida pela autoridade policial que, em caso de falecimento, o corpo deveria ser encaminhado para o Itep para exames complementares, como o de vísceras. Esse exame que realmente vai dizer ou não se existe ou existiu presença de veneno no corpo dele".
A Polícia Civil solicitou um novo exame toxicológico para confirmar se Ricardo foi mesmo vítima de envenenamento.
Quanto ao crime, a Polícia Civil vai indiciá-la por homicídio consumado ao invés de tentativa de homicídio - cabe ao Ministério Público acatar.
O caso
As investigações da Polícia Civil apontam que o marido dela entrou em coma horas após um almoço com a investigada, sendo internado em seguida com um quadro grave e desconhecido em setembro.
Dias após essa internação, em 23 de setembro, a mulher, durante uma visita, pediu para ficar reservadamente com o marido no leito do hospital para fazer uma oração. Foi neste momento que os equipamentos que mantinham o rapaz vivo começaram a alarmar.
"A equipe médica chegou ao local e verificou uma substância estranha na sonda que leva alimentação ao paciente. Nós encaminhamos ao Itep e foi identificado como um inseticida", contou o delegado Cláudio Henrique na época da prisão da mulher. Ele preferiu não gravar nova entrevista.
O material foi recolhido e entregue a Polícia Civil. O exame químico-toxicológico feito na sonda pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do RN (Itep) identificou a substância como “chumbinho”, um inseticida de uso agrícola.
Segundo a Polícia Civil, a vítima havia apresentado melhora no quadro clínico durante a internação, mas após o episódio no hospital, ele voltou a ficar em estado grave.
*Do G1 RN
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