"Quando eu abri o portal da universidade e encontrei um grande 'Congratulations', primeiro veio o estado de choque, depois, a alegria de saber que deu tudo certo. Nem caiu a ficha ainda", contou. "Foi, definitivamente, o momento mais louco que eu vivi! Eu não pensava que conseguiria, porque é muito competitivo", completou.
Moizés foi um dos 20 brasileiros selecionados pelo Programa Oportunidades Acadêmicas Graduação, oferecido através do órgão EducationUSA. O estudante conheceu a Universidade de Tufts durante as buscas por uma instituição e fez todo o processo de admissão, que contou com produção de prova de proficiência; prova americana padronizada; cartas de recomendação; redações; formulários financeiros; entrevistas; e vários outros requisitos.
O egresso do IFRN viajará para os EUA nos próximos meses. Ele vai cursar por quatro anos Ciência da Computação, e talvez, também, Engenharia Ambiental, na Escola de Artes e Ciências da Universidade de Tufts, localizada no estado americano de Massachussetts.
A mãe do estudante, a agricultora Mônica Simone, não esconde o orgulho pela conquista do filho.
"É algo pelo qual ele já sonhava e lutava. Não veio de graça; foi através de muita luta e esforço, e Deus o abençoou", comemorou.
Rotina
Morador do município de Bom Sucesso, na Paraíba, com uma população estimada em 4.937 habitantes, Moizés formou-se no início de 2022 no Curso Técnico Integrado em Informática, no Campus Pau dos Ferros. "Para os estudantes do interior, estudar no IFRN é um feito muito importante, tanto pela qualidade de ensino que a gente sabe que tem lá, e também pelas oportunidades que sabemos que vamos encontrar", contou.
A rotina de Moizés começava cedo. Às 5h20, ele já estava saindo de casa, rumo ao Campus. O estudante dirigia-se até a cidade vizinha, Alexandria, no Rio Grande do Norte, onde pegava o ônibus em direção ao IFRN. Como se tornou bolsista na unidade, o retorno para casa ocorria por volta das 19h30.
Foram quatro anos no Curso Técnico Integrado em Informática. O jovem lembra, porém, que "antes de ingressar no instituto, não possuía contato com computadores ou tecnologias. Houve, então, o medo do que viria pela frente", mas o curso "supriu as necessidades de equipamentos e de conhecimento".
Estudar em outro país nem sempre esteve na lista de sonhos de Moizés. Foi após conhecer e aprender a língua inglesa, com os recursos que lhe eram possíveis, que o estudante descobriu as oportunidades que estão além do território brasileiro. "Oportunidades essas que não são introduzidas a jovens da minha realidade", ressaltou.
*Do G1 RN
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