Foto: Marcos Correa / Divulgação |
– O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Então se for apertar o Rubem (Novaes, presidente do banco), coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: “bota o juro baixo”, ele: “não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam”. Aí se falar assim: “bota o juro alto”, ele: “não posso, porque senão o governo me aperta”. O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização.
O presidente Jair Bolsonaro reage dando risadas.
– É um caso pronto e a gente não tá dando esse passo. Senhor já notou que o BNDE e o…. e o… e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer. Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo.
Jair Bolsonaro diz então:
– Vamos dispensar o Rubem da próxima reunião aí, pô.
Rubem, então, diz que o povo vê o Banco do Brasil como um “porto seguro” e que estão em uma situação confortável. Paulo Guedes o interrompe:
– Mas só confessa o seu sonho.
– Hein?, replica Rubem.
– Confessa o sonho.
– Deixa para lá, confessa não – intervém Bolsonaro.
– Privati… em… em relação a privatização… – tenta prosseguir Rubem.
– Faz assim: só em vinte e três cê confessa, agora não – diz Bolsonaro.
Rubem Novaes propõe, então, que o assunto seja debatido com mais profundidade em um seminário.
*O Globo/JBelmont
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