“Ele (Jair Bolsonaro) falou uma grande asneira. O governo brasileiro não manda na Polícia Federal, muito menos na Justiça. Ou seja, você tem um processo de investigação, você tem decisão de um ministro da Suprema Corte, que mandou fazer busca e apreensão, sob suspeita de utilização com má-fé pela Abin, dos quais o delegado responsável era ligado à família Bolsonaro, e a Polícia Federal foi cumprir um mandato da Justiça. Eu não vejo nenhum problema anormal se é uma decisão judicial”, disse Lula em entrevista à CBN Recife.
“O que eu espero é que as pessoas que estão sendo investigadas tenham o direito a presunção de inocência, que eu não tive. Eu acho que as pessoas que não devem não temem”, completou o presidente.
Lula também defendeu a autonomia da Polícia Federal e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir nos trabalhos da corporação. “O cidadão (Jair Bolsonaro) que está acusando foi Presidente da República. Ele lidou com a Polícia Federal. Ele tentou mandar na Polícia Federal. Trocava superintendente ao seu interesse. Eu acho que tem funcionar as coisas de acordo com o interesse da instituição”, disparou.
Em sua fala, o presidente também disse que as operações deveriam manter em sigilo os nomes dos investigados até que as provas fossem concretas.
“A Polícia Federal é uma instituição muito importante para o Brasil. É a chamada polícia da inteligência, do combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro, o tráfico de drogas. Eu tenho um profundo respeito à Polícia Federal. Mas acho que a Polícia Federal não pode exorbitar em fazer pirotecnia. Todo mundo sabe o que eu penso, quer investigar, investiga, mas não faz show pirotécnico. Não fica divulgando o nome das pessoas antes de ter provas concretas contra as pessoas. Não fica destruindo a imagem das pessoas antes de apurar”, opinou.
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