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10 abril 2020

IFRN ganha três prêmios na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia

Com os projetos “Sistema Interativo para a Reabilitação Fisioterapêutica (SIRF)“ e “AirQ: mecanismo de verificação da qualidade do ar”, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) levou três prêmios na edição 2020 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, promovida e organizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, por meio do Laboratório de Sistemas Integráveis. Os projetos, dos campi Ceará-Mirim e Natal-Central, tiveram a premiação divulgada no último sábado (4).

O projeto SIRF ganhou em duas categorias: o Prêmio Feira de Ciências do Semiárido Potiguar e o 3º lugar em Engenharia no Prêmio da Organização da Febrace. Pelo prêmio da Feira, as estudantes Amanda Vitoria Lopes de Oliveira e Iara Kelly Lima da Silva, junto a Gilvan Luiz Borba Filho e Maciel Araújo de Lima (orientador e coorientador, respectivamente) receberão credenciais, alimentação e hospedagem para a 10ª Feira de Ciências do Semiárido Potiguar, que acontecerá de 21 a 23 de outubro de 2020, na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, que acontecerá em Mossoró. Já o Prêmio Febrace, referente à classificação geral dos participantes nas categorias do conhecimento da 18ª edição do evento, dará aos contemplados certificados digitais e medalhas.

Já o projeto AirQ, do Campus Natal-Central, ganhou o Prêmio Defesa Civil do Estado de São Paulo. Os estudantes Klicyelle do Nascimento Araújo, Leonardo Soares Pereira e Keyvisson Macena Bulhões da Silveira, junto ao professor Moisés Cirilo de Brito Souto, orientador do projeto receberão certificados. O AirQ tem o objetivo de realizar a verificação da qualidade do ar por meio da detecção dos principais poluentes atmosféricos, de modo a ser mais acessível e a oferecer uma maior possibilidade de integração. As informações dos sensores são coletadas através de estações com sensores e em seguida, encaminhadas para um centralizador que as disponibiliza na internet, através de uma plataforma pra IoT (Internet of Things) chamada Samanaú.WEB.


Projetos dos campi Ceará-Mirim e Natal-Central foram premiados
Participação
“Foi uma alegria gigante. A equipe toda vibrou muito quando soubemos da premiação. Estar entre os três melhores projetos de engenharia da Febrace é fantástico. É a coroação de um trabalho muito árduo. As meninas trabalharam dia e noite nesse projeto. Sempre que eu chegava no Campus Ceará Mirim, elas já estavam lá, não importava a hora que eu chegasse. Elas deram sangue e suor por esse por esse trabalho, de qualidade, que uniu dois dos cursos oferecidos no Campus”, disse o professor Gilvan Luiz Borba Filho, que orientou Amanda Vitoria e Iara Kelly. A estudante, inclusive, se mostra encantada com a participação no projeto: “é uma das melhores experiências que eu tive e tenho na minha vida. Foi através desse projeto que eu pude crescer, tanto na visão profissional – já que é nessa área que estou me formando, como na área das relações humanas”, disse Iara.

O FisioGame, projeto da equipe, buscou unir a base técnica de ‘Equipamentos Biomédicos’ e toda base técnica de ‘Programação de Jogos Digitais’, cursos técnicos integrados ao nível médio e integrar os cursos: “junto com as alunas, pensamos e estruturamos o SIRF, sistema de Gameterapia que utiliza jogos durante as sessões fisioterápicas de forma a estimular o paciente a executar os movimentos propostos, combatendo o desinteresse dos pacientes em executar movimentos repetitivos”, finalizou Gilvan.

Para Moisés Souto, professor orientador do projeto AirQ, esse prêmio significa o reconhecimento de um ano de trabalho da equipe junto ao Centro de Competências em Software Livre (CCSL) do IFRN. “Nessa fase inicial, após o significativo reconhecimento com o prêmio da Defesa Civil do Estado de São Paulo, na Febrace 2020, esperamos conseguir reunir um conjunto de instituições que possam financiar o desenvolvimento de dispositivos como o AirQ, que integra uma série de projetos desenvolvidos pelo CCSL”, disse o professor. Já Leonardo Barros, um dos estudantes da equipe, creditou ao prêmio a representação de ‘todo o trabalho e esforço por parte de um conjunto de pessoas envolvidas no projeto direta e indiretamente, mostrando o valor da cooperatividade e importância do ensino, pesquisa e tecnologia”, destacando a ‘ fundamental necessidade de investimento contínuo nas instituições que promovem e apoiam esse tipo de iniciativa acadêmica, que estimulam sempre os alunos a crescerem tanto no quesito intelectual quanto pessoal’. A fala do estudante reforça o que pensa Carolyna Cibelly, coorientadora do projeto: “essa conquista, sem dúvidas, é sinônimo de dever cumprido. Acredito que o AirQ tem grande potencial de se tornar um produto que trará muitos benefícios para os ambientes onde ele for instalado. O prêmio é só o começo da jornada”, disse.


Febrace
Entre 23 de março e 4 de abril, um grupo de dez equipes do IFRN integrou, junto a outras 335 grupos de estudantes de todo o Brasil, a fase final da edição 2020 da Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (Febrace). Os campi Caicó, Ceará-Mirim, Ipanguaçu, Lajes, Mossoró, Natal-Central, Natal-Zona Norte e Santa Cruz têm projetos nas áreas Biomédica, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Economia Doméstica, Eletrônica, Eletrotécnica, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Materiais e Metalúrgica e Química.

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade de São Paulo uma grande mostra de projetos. Desde 2003, a FEBRACE tem descoberto novos talentos e gerado oportunidades. Sua história é composta por alunos, professores, pais e escolas que juntos mostram à sociedade brasileira que aprendem a aprender, que podem querer e que podem fazer. O evento, realizado desde 2003, acontece online pela primeira vez: em virtude da pandemia do Covid-19, a organização cancelou as atividades presenciais, que aconteceriam de 16 a 20 de março. Entre os objetivos do evento, a Febrace busca estimular novas vocações em Ciências e Engenharia através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores ao mesmo tempo em que tenta aproximar as escolas públicas e privadas das universidades, criando oportunidades de interação entre os estudantes e professores destas comunidades acadêmicas.