Tudo que rejeita, aflora.
Tudo que mente, enrola.
Tudo que é dor, queima.
Planta que é verde, consola.
Tudo que desencanta, viola.
Tudo que se move, é sagrado.
Na vastidão do mundo,
vou buscar na escola
a graça de aprender.
Do saber das coisas do mundo,
é deixar as minhocas saírem.
Tudo que se ensina, atina.
Consciência, palavra bonita,
escrita em papel machucado,
precisa ser usado
pra saber seu valor.
Se quer algo, barganha,
não se acanha,
nem na manha consegue.
Vale o que está dito,
dito é sabido,
pertence à memória,
lugar que não se esquece.
Ter sabor é saber algo
que fez cosquinhas na boca.
Peixe só não avoa
pra quem não tem
olhos de ler o mundo.
Viva Paulo Freire!
102 anos me ensinando todos os dias a ler o mundo.
El Cocinero Loko
